Trabalho realizado pela SGM Consultores, para a P&DP Tours
Sendo o turismo um fator de desenvolvimento das comunidades, é muito importante que existam iniciativas de planeamento participativo, promovendo ações e projetos que se adequem às realidades locais.
A atividade turística, na maioria das vezes, é baseada basicamente nos segmentos cultural, gastronômico, eventos, aventura, rural e entretenimento, e isso possibilita organizar as atividades turísticas de forma a ter um direcionamento claro para os processos de planejamento e gestão.
Para tanto, foi fundamental definir os segmentos e vocações dos lugares a serem trabalhados, observando os principais elementos identitários da oferta nesses pequenos núcleos. Vale lembrar que, se a proposta de trabalho for comercialmente séria, as características variáveis da demanda também foram cuidadosamente estudadas e levadas em consideração

Como a cultura e suas manifestações desempenham um papel importante nesse processo, foi necessário observar as práticas culturais, as tradições dos lugares, as manifestações de fé, as áreas de interesse das comunidades e, não menos importante, a observação também é necessária para aspectos geográficos, históricos, arquitetônicos, sociais e assim por diante.
Viajamos para muitos destinos, estruturados e não estruturados, e através do exercício diário da gestão cultural e turística, percebemos e aguçamos nosso olhar sobre a infraestrutura dos locais e os serviços disponíveis, seja nos serviços de alimentação, hospedagem, acesso, transporte, sem esquecer de olhar para a infraestrutura de saúde, educação, urbanismo, urbanismo, entre outros segmentos.
Também temos estado à procura de um vício segmentado, que é observar com insistência o perfil dos consumidores que frequentam os mesmos lugares e ambientes que oferecem práticas culturais e turísticas onde estou.
Neste momento, estamos a terminar profissionalmente um ciclo de estruturação da grande Rota Turística Circular de Raia/La Raia, que percorre os Distritos de Cáceres; Castelo Branco; Salamanca, Guarda e nos últimos três anos, minha equipe e eu nos dedicamos a identificar, estruturar e promover uma rota de lazer baseada em aspectos de cultura, gastronomia, turismo de aventura, mas também oferecendo atividades diversificadas de entretenimento, promoção humana e até qualificação profissional.
Posso dizer que foram períodos muito agradáveis trabalhando na estruturação do turismo de base comunitária. O turismo de base comunitária, segundo MITRAUD, 2003, é "o turismo realizado em áreas naturais, determinadas e controladas pelas comunidades locais, que gera predominantemente benefícios para esses povos e para a conservação da biodiversidade".
Este ramo do turismo também desempenha um papel importante quando se propõe a contribuir para o desenvolvimento local sustentável.
Os impactos positivos, aqui e ali, demoram um pouco, mas de repente aparecem, com muito vigor e com o contributo indispensável dos stakeholders e das parcerias locais, que podem sempre ajudar a promover propostas nesse sentido.
É claro que isso não acontece sem os processos e a compreensão da importância da valorização da cultura, do meio ambiente e da sinergia com a sociedade local, pois é por meio desses caminhos que as possibilidades econômicas para as comunidades podem ser estabelecidas.
Como a cultura e suas manifestações desempenham um papel importante nesse processo, foi necessário observar as práticas culturais, as tradições dos lugares, as manifestações de fé, as áreas de interesse das comunidades e, não menos importante, a observação também é necessária para aspectos geográficos, históricos, arquitetônicos, sociais e assim por diante.
Viajamos para muitos destinos, estruturados e não estruturados, e através do exercício diário da gestão cultural e turística, percebemos e aguçamos nosso olhar sobre a infraestrutura dos locais e os serviços disponíveis, seja nos serviços de alimentação, hospedagem, acesso, transporte, sem esquecer de olhar para a infraestrutura de saúde, educação, urbanismo, urbanismo, entre outros segmentos.
Também temos estado à procura de um vício segmentado, que é observar com insistência o perfil dos consumidores que frequentam os mesmos lugares e ambientes que oferecem práticas culturais e turísticas onde estou.
Neste momento, estamos a terminar profissionalmente um ciclo de estruturação da grande Rota Turística Circular de Raia/La Raia, que percorre os Distritos de Cáceres; Castelo Branco; Salamanca, Guarda e nos últimos três anos, minha equipe e eu nos dedicamos a identificar, estruturar e promover uma rota de lazer baseada em aspectos de cultura, gastronomia, turismo de aventura, mas também oferecendo atividades diversificadas de entretenimento, promoção humana e até qualificação profissional.
Posso dizer que foram períodos muito agradáveis trabalhando na estruturação do turismo de base comunitária. O turismo de base comunitária, segundo MITRAUD, 2003, é "o turismo realizado em áreas naturais, determinadas e controladas pelas comunidades locais, que gera predominantemente benefícios para esses povos e para a conservação da biodiversidade".
Este ramo do turismo também desempenha um papel importante quando se propõe a contribuir para o desenvolvimento local sustentável.
Os impactos positivos, aqui e ali, demoram um pouco, mas de repente aparecem, com muito vigor e com o contributo indispensável dos stakeholders e das parcerias locais, que podem sempre ajudar a promover propostas nesse sentido.
É claro que isso não acontece sem os processos e a compreensão da importância da valorização da cultura, do meio ambiente e da sinergia com a sociedade local, pois é por meio desses caminhos que as possibilidades econômicas para as comunidades podem ser estabelecidas.
Como a cultura e suas manifestações desempenham um papel importante nesse processo, foi necessário observar as práticas culturais, as tradições dos lugares, as manifestações de fé, as áreas de interesse das comunidades e, não menos
importante, a observação também é necessária para aspectos geográficos, históricos, arquitetônicos, sociais e assim por diante.
Viajamos para muitos destinos, estruturados e não estruturados, e através do exercício diário da gestão cultural e turística, percebemos e aguçamos nosso olhar sobre a infraestrutura dos locais e os serviços disponíveis, seja nos serviços de alimentação, hospedagem, acesso, transporte, sem esquecer de olhar para a infraestrutura de saúde, educação, urbanismo, urbanismo, entre outros segmentos.
Também temos estado à procura de um vício segmentado, que é observar com insistência o perfil dos consumidores que frequentam os mesmos lugares e ambientes que oferecem práticas culturais e turísticas onde estou.
Neste momento, estamos a terminar profissionalmente um ciclo de estruturação da grande Rota Turística Circular de Raia/La Raia, que
percorre os Distritos de Cáceres; Castelo Branco; Salamanca, Guarda e nos últimos três anos, minha equipe e eu nos dedicamos a identificar, estruturar e promover uma rota de lazer baseada em aspectos de cultura, gastronomia, turismo de aventura, mas também oferecendo atividades diversificadas de entretenimento, promoção humana e até qualificação profissional.
Posso dizer que foram períodos muito agradáveis trabalhando na estruturação do turismo de base comunitária. O turismo de base comunitária, segundo MITRAUD, 2003, é "o turismo realizado em áreas naturais, determinadas e controladas pelas comunidades locais, que gera predominantemente benefícios para esses povos e para a conservação da biodiversidade".
Este ramo do turismo também desempenha um papel importante quando se propõe a contribuir para o desenvolvimento local sustentável.
Os impactos positivos, aqui e ali, demoram um pouco, mas de repente aparecem, com muito vigor e com o contributo indispensável dos stakeholders e das parcerias locais, que podem sempre ajudar a promover propostas nesse sentido.
É claro que isso não acontece sem os processos e a compreensão da importância da valorização da cultura, do meio ambiente e da sinergia com a sociedade local, pois é por meio desses caminhos que as possibilidades econômicas para as comunidades podem ser estabelecidas.

COOPERAÇÃO ENTRE AS PARTES INTERESSADAS E DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DOS TERRITÓRIOS RURAIS
Em muitos países, o desenvolvimento do turismo nas zonas rurais tem sido objecto de grande preocupação, que se reflecte na assistência financeira directa dos sectores público e privado. A relação entre turismo e desenvolvimento local é notória, pois quando desenvolvido em áreas rurais, o turismo é uma importante alternativa para o fortalecimento das áreas rurais e, sobretudo, para a interiorização da atividade turística, que hoje ainda está muito concentrada no litoral e, sobretudo, durante a temporada de verão (PELLIN, 2005). Nesse contexto, é fundamental que "[...] as decisões são tomadas localmente, que os atores sociais locais controlam os processos de desenvolvimento e que as comunidades locais se apropriam dos benefícios gerados" (PELLIN, 2005, p.41). Considerando as particularidades dessa atividade econômica em que é o consumidor quem busca o serviço, pode-se dizer que o turismo tem forte impacto no desenvolvimento local e que "[...] nessa perspectiva, a atividade turística e o desenvolvimento local se fundem quando são respeitadas as características regionais, sociais, culturais e ambientais" (CUNHA; CUNHA, 2005, p.3).
Mas nem todas as regiões oferecem as mesmas condições para o desenvolvimento do turismo, tendo em conta as imensas fragilidades dos territórios rurais e do interior e, por isso, uma região com potencial de desenvolvimento deve, de facto, possuir algumas características no domínio cultural, físico-natural e social que definem a sua identidade regional (CUNHA; CUNHA, 2005). Por exemplo, nem todas as zonas rurais são atraentes para os turistas rurais porque são demasiado remotas ou porque não têm fontes de atracção cénica e/ou património (OCDE, 1994) e o facto de oferecerem alojamento também não garante que atrairão procura. O pacote deve ser suficiente para atrair e reter turistas, oferecendo condições para gastos (GANNON, 1994). É também crucial considerar que o desenvolvimento e a organização do turismo rural requerem investimentos significativos, que nem sempre estão disponíveis (FLEISHER; FELENSTEIN, 2000). Além disso, as comunidades locais e os próprios empresários podem, por vezes, ter dificuldade em adaptar-se ao novo papel de "servilismo" (FLEISCHER; PIOZAM, 1997). Além desses aspectos, os territórios promotores do turismo rural devem ter produtos e serviços de qualidade que atendam às demandas e expectativas dos turistas. Finalmente, as empresas de
turismo rural muitas vezes ainda carecem de habilidades e recursos para um marketing eficaz (SHARPLEY, 2005). É evidente que o desenvolvimento do turismo nem sempre é a "tábua de salvação" para os territórios rurais que já têm uma economia rural muito frágil (BUTLER; CLARK, 1992 citado por HALL; PÁGINA, 2006).
Com base nas considerações feitas sobre a importância do turismo nas regiões rurais, pode-se dizer que o turismo pode desempenhar um papel dominante ou estruturante, bem como um papel complementar ou mesmo meramente residual, dependendo de onde as atividades estão localizadas e da importância que desempenham nas economias dessas regiões (SILVA, 2006). Isso significa que o turismo pode ser encontrado em diferentes situações nos próprios territórios. Há zonas onde o turismo não é central, outras onde é uma aposta na reconversão e modernização do sistema produtivo, e ainda regiões ou locais onde o turismo é um pilar estruturante do desenvolvimento económico e social (SILVA; PERNA, 2002).
COOPERAÇÃO, PARTES INTERESSADAS E DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
É uma realidade que, devido à natureza fragmentada do turismo, as organizações e empresas que operam no setor do turismo procuram cada vez mais modelos de cooperação de forma a ultrapassar eficazmente os constrangimentos de um ambiente cada vez mais caracterizado pela competitividade e mudanças de paradigmas em termos de procura turística (COSTA; SANTOS; FERREIRA, 2007). Nesse contexto, é preciso considerar a atividade de forma sistêmica, o que se justifica pelo fato de o turismo ser um setor que possui uma série de interdependências entre os atores, sejam eles organizações, turistas, instituições ou empreendedores, que cooperam e competem em um mesmo espaço (MIGUÉNS, 2009). De fato, a implementação de qualquer estratégia de desenvolvimento "requer" a participação de uma série de partes relacionadas ao turismo. Em primeiro lugar, é preciso considerar os desenvolvedores, ou seja, os empreendedores ou organizações que iniciam um projeto e combinam uma série de recursos e habilidades para que ele aconteça, tanto financeira quanto profissionalmente. Esses
atores podem ser individuais (como um proprietário de terras) ou coletivos, como uma empresa comercial ou uma organização pública (BAUD-BOVY; LAWSON, 2002). Em segundo lugar, devemos considerar os intermediários que compõem as agências e os operadores que estabelecem as ligações entre os serviços e a clientela potencial. Estes incluem agências de viagens, operadores turísticos, agências de transporte, informação e promoção. Um terceiro grupo é constituído pelas autoridades nacionais, regionais e locais, que são basicamente as organizações que desempenham um papel essencial em termos de planeamento, tomada de decisões, legislação, investimento em infraestruturas e desenvolvimento de estruturas organizacionais, permitindo a colaboração entre os organismos públicos e o setor privado (BAUD-BOVY; LAWSON, 2002).
Vários estudos têm sido realizados sobre a necessidade de as organizações de turismo criarem vínculos com as partes interessadas, ou seja, relações interorganizacionais. Estudos tradicionais sobre relações interorganizacionais (por exemplo, JAMAL; GETZ, 1995), pesquisa sobre parcerias em turismo (SELIN; BEASON 1991; JAMAL; GETZ 1995; LONG, 1997 citado por CAFFYN, 2000), a teoria da participação comunitária desenvolvida por Murphy (1985) e Hall (1999), bem como os paradigmas do desenvolvimento e do turismo sustentável e as abordagens de planejamento colaborativo, integrado e interativo (INSKEEP, 1991; TIMOTHY, 1999, GETZ, 1987 citado por TIMOTHY, 1999; GUNN, 1988 e 1994), destacam a importância do estabelecimento de relações cooperativas e colaborativas entre os agentes turísticos. Pressupõem, ainda, o envolvimento da comunidade na gestão do destino devido ao seu papel de ator-chave. Nesta última situação, isso geralmente pode significar trabalhar com a indústria e grupos representativos da comunidade no contexto do destino, em vez de operar por meio de mecanismos de participação pública mais amplos e generalizados. De fato, do ponto de vista do desenvolvimento e do turismo sustentável, é comum na literatura referir-se à necessidade de parcerias e colaboração como elementos-chave, particularmente quando uma ampla variedade de atores da comunidade local tem a capacidade de desempenhar um 2000). Defendendo repetidamente uma abordagem holística e multidisciplinar do turismo sustentável (BRAMWELL; HENRY; JACKSON; van der STRAATEN, 1996), existe um consenso quase universal de que a participação da comunidade no processo de desenvolvimento é um elemento essencial (CAFFYN; JOBBINS, 2003).
Numa perspetiva claramente inter-relacional, a literatura considera essencial que os vários atores dos vários subsetores se unam sob as fórmulas de cooperação, colaboração, parcerias e/ou redes, constituindo um processo interativo, com regras, normas e estruturas partilhadas, a um determinado nível organizacional, numa área geográfica delimitada, procurando decidir sobre aspetos e questões relacionadas com o desenvolvimento turístico (LONG, 1997 citado por CAFFYN, 2000; LONG, 2000). Percebe-se, portanto, que tanto os acadêmicos quanto os diversos atores do setor de turismo reconhecem a capacidade das diferentes formas de parcerias para resolver alguns dos problemas com os quais as organizações e destinos estão lidando atualmente, apesar de estabelecer parcerias duradouras e produtivas não ser realmente uma tarefa fácil (COSTA; SANTOS; FERREIRA, 2007).
O trabalho de Palmer e Bejou (1995) despertou o interesse em explorar a questão da cooperação entre atores sociais para o desenvolvimento do turismo. Os autores argumentaram a favor da cooperação entre as partes interessadas, porque acreditam que as partes interessadas sozinhas têm menos impacto promocional sobre os turistas em potencial e que as partes interessadas podem atingir seus objetivos de forma mais eficiente reconhecendo suas interdependências. Quando os objetivos podem ser alinhados, as organizações podem decidir cooperar em intercâmbios e essa cooperação pode incluir qualquer atividade voluntária entre duas organizações que tenha consequências para a realização de seus respectivos objetivos (SHEEHAN; RITCHIE, 2005).
A evolução do paradigma do planeamento turístico tem também justificado a crescente importância dada à necessária cooperação entre os atores sociais para o desenvolvimento do turismo. Na maioria dos países ocidentais, o planejamento tradicional caiu em descrédito porque se preocupa apenas com a dimensão física e promoc
dependência crescente de um planejamento mais equilibrado, no qual a necessidade de maior envolvimento da comunidade em geral e maior sensibilidade ambiental são claramente reconhecidas (TIMOTHY, 1999). As abordagens mais atuais de planejamento exigem a participação e interação entre os vários níveis de uma organização, ou unidade de governança, e entre uma organização responsável e as partes interessadas, a fim de alcançar parcerias horizontais e verticais dentro do processo de planejamento (HALL; McARTHUR, 1998 citado por HALL, 1999). Essas perspectivas sobre o planejamento no turismo, portanto, colocam grande ênfase no papel de um grande grupo de atores como a melhor maneira de alcançar o interesse público, em vez de planejar para um pequeno grupo de empreendedores, ou interesses privados, em uma dimensão corporativa (HEALEY, 1997; HALL, 1999).